Sessão Confesso - O Monstro

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Não fosse "A Vida É Bela", a moral de Roberto Benigni seria das piores. "O Monstro" é o filme que retrata exatamente as características do ator, diretor, roteirista e faz-tudo-de-seus-próprios-filmes. A atuação beira a comédia pastelão de Didi Mocó. Aquele humor físico de se pendurar no muro para escapar do policial. De sair correndo, tropeçar na escada e sem querer puxar o vestido da moça. 

A comédia definitivamente é tosca. No entanto, o argumento do filme é interessante. Um serial killer que mata mulheres está à solta na cidade, e por um grande mal entendido, Guido (Roberto Benigni) será procurado como o tal assassino. A partir de então, uma policial passará a conviver à paisana com o rapaz, tentando seduzi-lo das maneiras mais provocantes possíveis, a fim de forçá-lo a mostrar sua verdadeira personalidade. É nesse contexto que Benigni arma seu circo para criar situações bizarras e embaraçosas, que o apontem como um maníaco sexual. 

Pode ser até deprimente, mas eu confesso que choro de rir com os causos! Não consigo mesmo segurar o riso em todas as vezes que o sr vê o Guido andando agachado, levando a sério, como se ele fosse realmente assim. As piadas podem ser dignas daquele "An? Pegou? Pegou?", e gesticulando com a mão o sinal de trocadilho. Os fatos podem ser forçados, o personagem exagerado e as sacadinhas vergonhosas. Mas eu realmente adoro, confesso!

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O Monstro (Il Mostro, de Roberto Benigni, Itália, 1994)

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