Crítica: Os Vingadores (The Avengers, 2012)

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Finalmente chegou aos cinemas o audacioso plano da Marvel. Depois de iniciar em 2008 com "Homem de Ferro" e um enorme sucesso, a produtora colocou em prática o desenvolvimento de "O Incrível Hulk", "Thor" e "Capitão América", para que se pudesse criar o crossover em "Os Vingadores". O filme de Tony Stark teve em Robert Downey Jr um principais fatores para que o estúdio tivesse a convicção da estratégia. A partir dali, no entanto, apertaram o botão do automático e levaram às telonas histórias apenas medianas dos outros personagens, embora eficazes ao apresentar cada um deles ao público. A grande verdade é que os filmes soaram como meras desculpas para instigar a plateia pelo encontro dos super-heróis, que não apenas em cenas pós-créditos.

Então vieram mesmo em grande estilo os famosos Vingadores de Nick Fury (Samuel L. Jackson)! Com aquele up do Gavião Arqueiro (Jeremy Renner) e da Viúva Negra (Scarlett Johanson), já levemente conduzidos no filme do Deus do Trovão e do homem de lata [ups]. E sem medo nem vergonha de assumir o gênero "super-herói", o filme consegue momentos do mais nostálgico gênero "aventura", mas com uma veia cômica maior do que se poderia imaginar. E "Os Vingadores" diverte. Não apenas com o já habituado estilo bonachão-sarcástico de Tony Stark, mas uma sequência de gags, que aproveitam o humor físico de Hulk (Mark Ruffalo), o contexto fora de época de Steve Rogers (Chris Evans) e as piadas de oportunidade de Thor (Chris Hemsworth).

Se o roteiro do longa é construído para que cada protagonista tenha sua importância na história, dedica-se irmamente os devidos instantes de ação e descontração que cada um terá em cena. Contudo, nem tudo é equilibrado e o que seria um alívio cômico para os momentos de tensão, por vezes se tornam em alívios tensos para conter a comédia. É bem verdade que há de se elogiar o ponto alto da aflição, causado pela primeira transformação de Bruce Banner no filme, puro terror e suspense! A dualidade perfeita do herói com uma bomba relógio para virar vilão. Já quem seria o verdadeiro responsável pelo mal na trama, Loki (Tom Hiddleston), parece mesmo sub-aproveitado e pouco convence de suas motivações tolas e infantis.

Embora "Os Vingadores" seja ótimo para a expectativa de ver uma liga de heróis fazendo justiça [opa, história errada] e brigando entre si, tem-se muito mais um episódio para o cinema do que uma história que possa ser considerada definitiva e com vida longa e próspera como filme isolado. O que, de certa forma, faz parte da estratégia da Marvel, que é ideal para replicar longas e mais longas da produtora. E será assim enquanto o público reafirmar com heroico [e nerd] entusiasmo o lugar-comum no universo para o puro entretenimento. Por enquanto, "Os Vingadores" assume seu papel de diversão sem preconceito, é a própria blockbusterização. É um excelente fast-food, com direito a refil de refrigerante e porção extra de cheddar na batata grande.




Os Vingadores 
(The Avengers, de Joss Whedon, EUA, 2012)
Com: Robert Downey JR, Chris Evans, Mark Ruffalo, Chris Hemsworth, Scarlett Johanson, Jeremy Renner, Tom Hiddleston, Clark Gregg, Samuel L. Jackson, Gwyneth Paltrow, Cobie Smulders, Stellan Skarsgard, Paul Battany, Alexis Denisof e Tina Benko.

2 comentários:

  1. Adorei "Os Vingadores", que vai ser o filme evento de 2012. Achei a história muito divertida e que privilegiou, além das cenas de ação, o entretenimento da plateia, com muitas frases de efeito e cenas sensacionais do ponto de vista da ação em si. Acho que a trama falha somente em colocar um único vilão para enfrentar esse super time de herois. No mais, quem diria que o Hulk iria roubar a cena por completo? Que venha mais dessa série.

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  2. O filme é bom... mas surpreendeu mesmo foi a bilheteira que ninguém esperava...

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